Gênero Textual: Entrevista
A entrevista é um gênero primordialmente oral. Nas várias listas de gêneros de entrevista, a maioria refere a interações sociais (entrevista com médico, entrevista para conseguir emprego, entrevista coletiva etc). Quando publicadas em jornais e revistas, na maioria das vezes, a entrevista foi feita oralmente e depois transcrita para publicação. A escrita, porém, é apresentada na forma de um diálogo, ou seja, é marcada a troca de turnos entre os participantes. (Dioniso, Angela Paiva. Machado,Anna Rachel. Bezerra, Maria Auxiliadora. Gêneros Textuais & Ensino. São Paulo: Parábola Editorial, 2010. (p. 197 e 198).
Linguagem: Pela linguagem se expressam ideias, pensamentos e intenções, se estabelecem relações interpessoais anteriormente inexistentes e se influencia o outro, alterando suas representações da realidade e da sociedade e o rumo de suas (re)ações.(PCNs. p.20)
Linguagem oral é a que se usa quando o interlocutor está frente a frente conosco e justamente podemos falar com ele. Já a escrita, em tese, é usada quando o interlocutor está ausente. Entre a linguagem oral e a escrita há muitas diferenças, mas não uma oposição rígida.
Na linguagem oral, o ambiente é comum a ambos os falantes. Por isso, quando usam "eu", "aqui", "hoje", não precisam explicitar do que se trata. Além disso, os gestos, expressões faciais, altura do tom da voz, contribuem para a clareza da comunicação. Nesse sentido, a linguagem oral usa recursos diferentes daqueles usados na linguagem escrita.
Linguagem oral é a que se usa quando o interlocutor está frente a frente conosco e justamente podemos falar com ele. Já a escrita, em tese, é usada quando o interlocutor está ausente. Entre a linguagem oral e a escrita há muitas diferenças, mas não uma oposição rígida.
Na linguagem oral, o ambiente é comum a ambos os falantes. Por isso, quando usam "eu", "aqui", "hoje", não precisam explicitar do que se trata. Além disso, os gestos, expressões faciais, altura do tom da voz, contribuem para a clareza da comunicação. Nesse sentido, a linguagem oral usa recursos diferentes daqueles usados na linguagem escrita.
Fonte: http://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/linguagem-verbal-e-aquela-que-utiliza-palavras.htm
ISTOÉ - Até que ponto o consumo pode satisfazer alguém? Ou determinar sua identidade?
GILLES LIPOVETSKY - Vivemos em uma época em que a grande utopia é a busca da felicidade privada, e o consumo é visto como um dos meios para alcançar essa felicidade. Mas todo mundo sabe que o consumo não faz ninguém feliz. Consumir traz satisfação, que não é a mesma coisa que felicidade. Se você compra um carro, se faz uma viagem, o consumo lhe proporciona uma sensação de evasão, o faz esquecer seus problemas, mas esse sentimento é temporário. Então a civilização hipermoderna tem algo de paradoxal. Corremos atrás de algo que não dá felicidade, nem infelicidade. Mas não devemos “diabolizar” o consumo. É fácil criticar o consumo quando temos muito, mas os mais pobres aspiram ao consumo, pois ele significa progresso. As pessoas vivem melhor com boa saúde, e isso não pode ser desassociado do consumo, pois precisamos comprar remédios e ir ao médico para vivermos saudáveis. O consumo também é capaz de abrir um leque de possibilidades culturais. Por meio dele podemos conhecer o mundo e outras culturas, e isso nos ajuda a conhecer melhor a nós mesmos.
ISTOÉ - Como as novas tecnologias e as mídias sociais estão afetando a forma como nos vemos e lidamos com nossa aparência?
GILLES LIPOVETSKY - A coisa mais surpreendente das novas mídias sociais é o paradoxo do individualismo. As pessoas adoram dizer que querem manter sua autonomia e individualidade, mas não é isso que transparece nas redes sociais. Ali, o indivíduo autônomo se revela dependente dos outros e da aceitação alheia. Por que as pessoas escrevem no Facebook? Cada um que escreve espera um retorno. Espera que alguém curta sua foto ou espera comentários positivos, espera, enfim, a aprovação dos outros. Nas redes sociais todos somos exemplares. Colocamos apenas nossas melhores imagens e exibimos nossas melhores qualidades, justamente porque queremos que as pessoas nos aprovem. Por outro lado, é preciso ser otimista em relação a essas novas formas de comunicação. Muitos críticos afirmam que hoje as pessoas só têm relações virtuais, online, e que não há mais relações reais. Mas isso não é verdade. As pessoas que estão conectadas também se encontram fisicamente. Então é claro que a relação virtual não destrói odesejo de ligação física. Isso é um mito.
ISTOÉ - Como descreveria, citando uma expressão sua, o mundo de hiperconsumismo em que vivemos?
GILLES LIPOVETSKY - Tudo no dia a dia depende de uma compra. Somos constantemente obrigados a comprar. Se você sai, tem de pegar o carro, o avião, e isso implica gastar dinheiro. Pense em coisas que antes não eram consumidas. Da última vez que estive em São Paulo o motorista me levava ao hotel, e, no caminho, via as pessoas correndo em academias, em esteiras. As pessoas hoje pagam para correr, sendo que antes corríamos de graça. Antes, para nadar, íamos aos rios. Agora precisamos pagar para frequentar piscinas. Antes, quando tínhamos problemas pessoais, falávamos com o padre e ele dizia o que fazer. Hoje falamos com o psicólogo. O gesto mais elementar da vida, que é conversar, pedir conselhos, virou consumo, pagamento.
ISTOÉ - O sr. diz que vivemos na “sociedade da decepção”. Por que, apesar de todo o progresso, estamos mais tristes do que nunca?
GILLES LIPOVETSKY - O problema da sociedade da decepção é que sentimos que nunca estamos consumindo o suficiente. O lado ruim do consumo não é somente o excesso, mas também o fato de que muitas pessoas sofrem porque acham que não consomem o suficiente. Se você não tem internet ou telefone celular, se sente infeliz. O mundo no qual estamos entrando é um mundo competitivo e difícil. As necessidades são enormes, e as pessoas não podem pagar por todas elas. Aí o déficit de consumo vira um drama. Antes, as pessoas ficavam em casa nas férias e não sofriam com isso. Hoje, se você nunca sair de seu bairro, você ficará triste. Mudar tornou-se essencial. Mas, como o dinheiro não é proporcional aos desejos de consumo, há uma frustração.
Fonte: http://www.istoe.com.br/assuntos/entrevista/detalh/228717_O+BRASILEIRO+TEM+ PAIXAO+PELO+LUXO+
Atividades de compreensão
1) O gênero textual entrevista utiliza-se da linguagem oral, porém ao analisar a fala de Lipovetsky percebemos que para publicação na forma escrita, a revista fez uma revisão das palavras, pois não encontramos palavras como: né, tá bom, ok etc, nem as marcas da linguagem oral, que é a pausa, a repetição, entre outras. Portanto, a linguagem oral característica de alguns gêneros textuais como: entrevista, palestras, seminários etc, não é a mesma linguagem do cotidiano. A linguagem escrita obedece às regras gramaticais estabelecidas pela norma. Você acredita que comunicar-se bem implica em seguir estas regras em qualquer contexto de comunicação? Isso é possível na língua falada?
2) Marcos Bagno, professor de linguística, disse o seguinte a respeito da língua falada: “A língua falada é um tesouro onde é possível encontrar coisas muito antigas, conservada ao longo dos séculos, e também muita invenções, resultantes das transformações inevitáveis por que passa tudo o que é humano – e nada mais humano do que a língua...”(BAGNO, Marcos. Português ou Brasileiro – 4ª Ed. – São Paulo: Parábola Editorial,2004. P.24). Aqui o termo “língua falada” é a mesma que a linguagem do cotidiano. O que você entende com essa afirmação de Bagno sobre a língua falada?
3) Com base na entrevista realizada pela revista “Isto é” com Lipovetsky, aponte os aspectos positivos e negativos do consumo, ou seja, até que ponto podemos nos beneficiar ou nos prejudicarmos com o consumo?
4) Lipovetsky menciona as redes sociais, ele diz que apesar do Facebook ser um ambiente de aparências e estabelecer uma relação de dependência do outro, ele não concorda com muitos críticos quando dizem que não existe mais o contato físico e só relações virtuais. Você acredita que o acesso ao Facebook e outras redes sociais estimularam o individualismo ou ampliou as relações humanas? Por quê?
5) Para você, por que as pessoas sentem cada vez mais necessidade de comprar, até mesmo quando nem apresentam recursos para isso?
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